“O pluralismo enfim nos permite explicar uma característica fundamental da democracia dos modernos em comparação com a democracia dos antigos: a liberdade – melhor: a liceidade – do dissenso”. (pg 73)
Bobbio posiciona como característica distintiva da democracia moderna, não o consenso, mas sim o dissenso. O espaço disponível para o dissenso é não só um termômetro do caráter democrático de um regime, como também da veracidade do próprio consenso.
“Quero dizer que, num regime que se apóia no consenso não imposto a partir do alto, alguma forma de dissenso é inevitável e que apenas onde o dissenso é livre para se manifestar o consenso é real, e que apenas onde o consenso é real o sistema pode proclamar-se com justeza democrático”. (pg 75)
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